Copenhaga pode dar pulmão?

8 12 2009

Os efeitos do aquecimento global causado pela queima desmesurada de combustíveis fósseis são uma realidade. O aumento da quantidade de desastres naturais, como inundações, seca extrema, furacões… é um claro sinal que o clima está a mudar.

Actualmente vivemos numa economia do petróleo, onde o mercado do petróleo é o barómetro da economia. Poucas são as pessoas que sabem a importância que o petróleo tem. Sem petróleo, a distribuição de alimentos ficaria seriamente condicionada, para dar um exemplo.

O fim abrupto do petróleo significaria o fim do mundo civilizado a escala que conhecemos. Continuar a consumir petróleo a grande escala também não é solução, pois este é um dos principais responsáveis de emissão de CO2.

Se por um lado temos que diminuir drasticamente o consumo de combustíveis fósseis, por outro teremos que garantir o abastecimento energético essencial para o funcionamento da civilização moderna, que actualmente assenta nos combustíveis fósseis. Neste enquadramento é que surge esta mega conferencia sobre o clima para encontrar soluções e esquecer o fracasso que representou Quioto.

A tarefa não vai ser fácil, pois os principais países emissores de CO2 os EUA, Rússia e especialmente China, terão certamente posições de resistência, pois os mesmos já não tinham ratificado o protocolo de Quioto. Quando digo especialmente China, refiro-me a que este país pertence a um conjunto de países denominados como economias emergentes, que crescem mais rápido que as restantes e o consumo de energia têm aumentado exponencialmente. Especula-se que a China venha a recorrer ao Carvão para suprir as necessidades extra de energia, e a queima do carvão é bem mais poluente que o petróleo.

Vamos esperar por resultados, pois muitos são os cientistas que afirmam que ultrapassamos o valor de concentração de CO2 na atmosfera e poucos os que acreditam numa reversibilidade dos efeitos e danos causados.





O futuro da energia na Europa

1 12 2009

O sector doméstico representa a maior parcela de consumo de energia na Europa. Este facto faz-se sentir sobretudo naqueles países que tem um inverno mais rigoroso, nomeadamente os países nórdicos e os da Europa central. Nestes países, o aquecimento doméstico é uma necessidade básica e isto implica um gasto enorme de energia no período do Inverno. Para agravar a situação, a fraca incidência solar que se faz sentir nessas regiões, limita a exploração de energias renováveis, nomeadamente aquelas que tem por base a energia solar. As condições desfavoráveis existentes nessas regiões durante o inverno, obrigam a que as mesmas precisem de importar energia e isso é feito recorrendo aos combustíveis fosseis.

Não tenho dúvidas que a solução a curto e médio prazo para o aquecimento doméstico passara a ser sustentada pela rede eléctrica. No ponto de vista termodinâmico pode parecer uma ideia absurda, mas também não é solução “fechar os olhos” e continuar a emitir CO2 pela queima de combustíveis fosseis. A verdadeira solução passa por reforçar a rede eléctrica europeia com mais centrais nucleares (como acontece na França) e complementando com as energias renováveis. Paralelamente as centrais termoeléctricas devem ser desactivadas.

A médio longo prazo, a exploração da fusão nuclear será a solução para alimentar as grandes necessidades de energia, com o menor impacto ambiental possível. Contudo o investimento efectuado neste campo tem-se revelado insuficiente e não há resultados palpáveis da investigação que esta a ser efectuada.