Climatize a sua casa com o sol

30 09 2009

Climatize a sua casa com o sol

O aproveitamento optimizado da energia solar, pode possibilitar o ajuste da temperatura no nosso lar e mantê-la em patamares de conforto térmico quer de inverno, quer de verão. E podemos faze-lo da seguinte forma:

Se instalarmos uma basta área de painéis solares, associado a um termoacumulador devidamente dimensionados, é possível aquecer a casa, para além de ter água quente para uso doméstico. Em termos teóricos é possível termos aquecimento central e agua quente grátis durante o inverno recorrendo a energia solar. Na prática, verifica-se que estes sistemas não são economicamente viáveis. Contudo, podemos atingir um ponto de equilíbrio ao dimensionar o nosso sistema de climatização, recorrendo a uma fonte energética auxiliar, que funcionaria nos dias mais frios e de menor incidência de radiação solar. Evitando assim desperdícios de energia e um elevadíssimo custo inicial.

Este tipo de sistema consegue de facto reduzir a nossa dependência energética do exterior (nomeadamente de combustíveis fósseis) e contribuir para a diminuição de gases com efeito de estufa. Contudo apresentam um grande senão: Durante o verão, a abundância de sol aliado a desnecessidade de aquecer a casa, originam um grande desperdício de energia. Este senão aliado a necessidade de um elevado investimento inicial para a aquisição de um sistema integrado de aquecimento central + AQS, deixam este tipo de solução praticamente fora-de-jogo.

Contudo poderão surgir soluções que visam colmatar a falha que é o excesso de água quente produzida no verão nos sistemas anteriormente referidos. Por exemplo, se adicionarmos ao nosso sistema de aquecimento com painéis solares, um chiller de absorção, conseguiremos transformar água quente em fria (ler aqui). Deste modo, poderemos ter um sistema que aproveita o sol para aquecer e arrefecer água em função das necessidades.





E se o petróleo custasse $500 o barril?

13 09 2009

E se o petróleo custa

Para muitos pode parecer um cenário fantasioso, mas para os conhecedores do mercado do petróleo este cenário poderá acontecer algures entre 2015 a 2050. A dificuldade em calcular do quando este “boom” possa acontecer, deve-se ao facto de no mercado do petróleo, não existir a palavra transparência e ninguém consegue avaliar com precisão o estado das reservas do petróleo.

O que é conhecido é que a procura do petróleo continua a aumentar e a produção do mesmo tem dificuldades em seguir essa crescente procura, pressionando a uma subida de preços. Enquanto as principais explorações de petróleo conseguirem abastecer o mercado continuaremos a ter petróleo “barato”, contudo, quando as principais reservas de petróleo entrarem em declínio a produção cairá e os preços dispararão para valores que poderão rondar os $500/barril.

A dependência do petróleo é tão elevada que se não estivermos preparados para esta realidade, a humanidade cruzará a maior crise económica e social de toda a história. Já se imaginam pagar 500€ para atestar o depósito? Mas isso não é o mais preocupante! Os preços de todos os bens estão indexados ao petróleo, vistos que o custo da distribuição de todos os bens aumentará exponencialmente e pagaremos muito mais por bens de primeira necessidade. Já alguém imaginou pagar 1€ por uma unidade de pão?

Com o preço elevado do petróleo acaba a época da energia barata. O custo da electricidade disparará, a água também, os transportes públicos, a gasolina e o gasóleo… resumidamente todos os bens aumentarão drasticamente de preço. Como a crescida do preço dos combustíveis, a população terá dificuldades em deslocar-se o desemprego aumentará, paralelamente o poder de compra diminuirá abruptamente. Neste cenário não só entraremos na maior recessão económica alguma vez imaginada, como surgirão problemas de índole social, como fome, um incremento na criminalidade ou seja o fim do mundo civilizado.

Mas poderemos evitar esse cenário?

Vai depender do tempo que tenhamos, mas acredito que sim! poderemos subsistir a última crise do petróleo. O caminho passará por uma aposta fortíssima nas energias alternativas e apostar numa maior eficiência energética. Em termos de produção de energia, não só passará por recorrer as conhecidas energias renováveis, teremos que contemplar a energia de cissão nuclear e desenvolver rapidamente a grande alternativa de energia limpa e barata: a fusão nuclear.





A verdade do aquecimento global?

3 09 2009

aquecimento global

Realidade, mito, catástrofe, apocalipse… muitas teorias rodeiam este controverso assunto, umas são mais pessimistas que outras. Na realidade não existe uma convergência no que se refere a números, nomeadamente o valor da temperatura a partir do qual os efeitos climatéricos serão devastadores para a flora e fauna. Também existe divergência na previsão de quando esta catástrofe natural poderá acontecer, caso se mantenha o ritmo crescente de emissões de gases com efeito de estufa.

Mas afinal porque existe tanta divergência dentro da comunidade científica para avaliar este assunto?

Na realidade existem imensos factores dinâmicos em termos climatéricos, que dificultam prever com exactidão o valor crítico de concentração de CO2 na atmosfera e o valor crítico de aumento de temperatura média. Mas não são apenas entraves de índole técnica que dificultam as previsões! Estes relatórios tem um forte impacto na opinião pública e esse impacto pode causar danos no maior negócio do mundo, o petróleo, será que este poderoso negócio não terá capacidade para atenuar a realidade de alguns estudos sobre o aquecimento global? Ainda para complicar mais, temos outro negócio em clara expansão, o das energias renováveis e da eficiência energética, se for criado um panorama pessimista nas previsões do aquecimento global, este negócio terá uma forte projecção.

Afinal quer-se dizer que estes relatórios de nada servem?

Não iria tanto a esse extremo, apenas tenho dúvidas nos números… Quase comparo este caso a divergência dos números apresentados por Governo e sindicatos quando há greves, muito díspares, mas sabemos que o valor real anda algures dentro desse intervalo. Mas voltando a questão principal, existe convergência em alguns pontos. Hoje em dia ninguém põe em causa que o aquecimento global deve-se a acção do homem, nomeadamente a queima de grandes quantidades de combustíveis fósseis. Outro facto que revela os registos climatéricos é que nos últimos 150 anos a temperatura média do planeta aumentou 0.6ºC. O aquecimento nos pólos é mais acelerado que no restante globo terrestre, as terras geladas estão a derreter, deixando ao descoberto tundra (vegetação típica de paisagens da Sibéria e Gronelândia) e oceano.

O desgelo dos pólos não só preocupa em termos de aumento do nível médio dos oceanos, também provocam um efeito “bola de neve” no aquecimento global, isto é, o gelo reflecte a maior parte da radiação incidente, enquanto o tundra e o mar absorve mais energia, contribuindo assim para o aquecimento global. O tundra esconde outro perigo, o Metano congelado no subsolo, se for atingida determinada temperatura o tundra começará a libertar Metano (gás 20X mais poderoso no que se refere ao efeito de estufa quando comparado com o CO2).

Não restam dúvidas que quando atingirmos um determinado valor de CO2, não conseguiremos parar o aquecimento global, mesmo parando de emitir gases com efeito de estufa. Ninguém sabe ao certo qual o valor crítico de concentração de CO2, mas a conclusão que tiramos deste assunto é que temos que encontrar alternativas ao petróleo e o mais rapidamente possível.