Poupe dinheiro com o frigorífico

28 02 2009

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Segundo dados da EDP o consumo energético do frigorífico, representa 32% do consumo total de electricidade. Por isso, uma correcta escolha do equipamento, aliada a uma correcta utilização, pode representar uma poupança significativa de energia (e euros) ao fim do ano.

 

Aquando a aquisição de um novo equipamento (frigorifico ou arca congeladora), deveremos ter em atenção dois parâmetros, a classe energética e a capacidade. Em termos de classe energética, deveremos optar por um frigorifico classe A+ ou A++, em termos de capacidade, deverá ser adequada a dimensão do agregado e/ou volume de compras. Um frigorífico sobredimensionado implica um consumo energético desnecessário.

 

A etiqueta energética, não só contêm a classe energética, como também contêm o consumo anual previsto (KWh). Este dado é importante para verificar diferenças entre equipamentos da mesma classe energética e se multiplicarmos por 0.12€/KWh sabemos quanto iremos pagar por ano nesse equipamento.

 

Não é só na aquisição do equipamento que podemos poupar, uma correcta utilização do mesmo pode marcar a diferença. Seguidamente apresento algumas dicas:

 

Coloque o frigorífico num lugar fresco, ventilado e livre de radiação solar. Também devemos evitar colocar o equipamento próximo de outras fontes de calor como o forno, a máquina de lavar roupa ou louça, etc.

 

A manutenção do frigorífico é muito importante, se notar que o compressor está a ligar muitas vezes ou em períodos prolongados, é sinal que algo de incorrecto se está a passar com o equipamento.

 

Com o passar do tempo, as borrachas tendem a perder qualidades e deixam de vedar correctamente. O aparecimento de humidade em zonas próximas das borrachas é um indício de incorrecto funcionamento.

 

Descongelar o frigorífico antes que a capa de gelo alcance os 3 milímetros de espessura. Assim é possível conseguir poupanças de energia de cerca de 30%.

 

Abrir a porta apenas quando necessário e fecha-la assim que possível. É de realçar que 20% do consumo destes equipamentos deve-se à abertura das portas.

 

Afaste a grelha traseira (condensador) no mínimo 5 cm da parede e limpe-a, pelo menos, uma vez por ano.

 

Manter os alimentos bem tapados, de modo a diminuir a libertação de humidade, evitando que o frigorífico gaste mais energia.

 

Deixar arrefecer os alimentos antes de os colocar no frigorífico.

 

Quando se ausentar por um período prolongado, esvazie o frigorífico e desligue-o.





Globalização

26 02 2009

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É um tema que a maioria da população não sabe o significado da própria palavra. Alias esta palavra ou mais bem o conceito de globalização, não está ainda definido, daí o receio e a manifestação de parte da população contra a mesma. Esta fracção de população teme que a globalização seja algo parecido com a colonização e que os países mais ricos e influentes, o G8, tenham o poder e explorem os países mais pobres. Esperemos que esta seja uma visão errónea da Globalização.

A Globalização pode e deve ter impactos positivos, pois há problemas que apenas podem ser resolvidos com politicas globais, como por exemplo do binómio energia e ambiente. Neste sentido já foram tomadas algumas medidas, como o programa ITER que tem como objectivo a construção de uma central de fusão nuclear piloto (ver mais detalhes neste blog aqui). Este é um pequeno passo tomado em termos de politica global, mas o caminho a percorrer para resolver este problema, necessita um empurrão maior.

A crise energética e as alterações climáticas não são o único problema grave no planeta. Em pleno século XXI ainda existe fome, guerra, ignorância… Estes problemas devem ser combatidos numa forma global, a repartição de alimentos, a manutenção da paz e o ensino devem ser apoiadas pelos países ricos aos mais pobres.

No meu ver é importante a interacção das várias economias para o combate a problemas globais. Apenas neste âmbito deve existir a globalização.





Casa Inteligente

24 02 2009

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Conhecido como Domótica, isto é, robótica ou automatismos que facilitam a vida doméstica, luzes inteligentes que acendem e apagam conforme necessário, estores que abrem e fecham, casas capazes de avisar a presença de intrusos, fogo ou fugas de gás. Isto é o que a Domótica nos oferece nos dias de hoje.

 

O conceito de Domótica está a transformar-se e em breve não teremos só a Domótica associada a automatização dos dispositivos como teremos uma vertente ligada a eficiência energética. Neste momento estão a surgir equipamentos capazes de monitorizar os consumos energéticos de modo ao utilizador poder analisar se os consumos. Contudo, no curto prazo, surgirão “packs” capazes de “educar” o utilizador a poupar energia, outros mais evoluídos serão capazes de optimizar a eficiência energética por si só.





Fusão Nuclear

17 02 2009

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A fusão nuclear é apontada como a principal fonte de energia a utilizar em meados deste século. É sem margem de dúvidas a energia do futuro. Contudo esta tecnologia não é conhecida pela população em geral, isto porque é confundida pela fissão nuclear. A fissão nuclear consiste na separação do núcleo de átomos de grande dimensão como o urânio. Esta é a energia nuclear comercializada nos dias de hoje, não produz gases com efeito de estufa mas tem desvantagens como os resíduos nucleares ou o risco perante desastres naturais ou manutenção incorrecta. Por sua vez, a fusão nuclear é a reacção que acontece no sol e em outras estrelas. Consiste na junção de dois átomos de hidrogénio e formar Hélio. Esta fonte de energia não produz resíduos nem existem riscos de desastres como em Chernobyl, vistos que a reacção de fusão nuclear para em milésimos de segundo.


Actualmente ainda não se conseguiu produzir energia por fusão nuclear com rendimento. Para se produzir energia por fusão nuclear é necessário elevar a temperatura do Hidrogénio até 100.000.000ºC de modo a conseguir que dois protões se fundam, obtendo muita energia dessa reacção. Para conseguir estas condições é necessário aplicar muita energia, contudo, a energia que se obtém pela reacção de fusão é em teoria cerca de 10 vezes superior a energia necessária para se criarem as condições de reacção.


Existe um projecto em curso pelos países do G8 chamado como ITER que consiste em fabricar um reactor de fusão nuclear. O local de fabricação é em Cadarache (França), esta unidade produzira 500MW e estará pronto em 2014 com um custo previsto de 10.000 milhões de euros.





Automóvel do século XXI

14 02 2009

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O sector automóvel vai ter que se adaptar as necessidades do novo século, onde o principal desafio consiste em recortar o consumo dos combustíveis fosseis. Outro factor importante é diminuir o preço dos automóveis, vistos que os elevados preços actualmente praticados, contribuem para a estagnação nas vendas. Neste panorama, cabe aos construtores de automóveis revolucionar o mercado apresentando soluções mais económicas e amigas do ambiente.

 

Existe uma panóplia de soluções amigas do ambiente, recorrendo a outras fontes de energia diferentes aos combustíveis fósseis. Contudo a base desses “combustíveis alternativos” está pouco desenvolvida. Por exemplo, os automóveis eléctricos não emitem gases poluentes durante o andamento, são silenciosos e apresentam performances aceitáveis. Contudo quando recarregamos as baterias estamos a poluir, pois uma parcela considerável da electricidade provém da queima de combustíveis fósseis. Outro exemplo é o dos biocombustíveis, já existe alguma oferta de veículos preparados para consumir este tipo de combustíveis, também existem países como o Brasil, onde o etanol está bem implementado. Mas em Portugal, como na maioria dos países, ainda não existe infra-estruturas para a produção, distribuição e consumo deste combustível. Existem outras energias alternativas, mas todas elas apresentam limitações que dificultam o desenvolvimento das mesmas. Outra possibilidade interessante será a conjugação destas fontes de energia e desenvolver soluções híbridas.

 

Deve partir da iniciativa dos grandes construtores, definir o tipo de solução mais adequada para cada tipo de automóvel. Por exemplo para uso citadino, o automóvel eléctrico é uma solução interessante, mas utilizar esta fonte de energia para percorrer longas distâncias já não se adequa. Por outro lado, os construtores devem-se concentrar em desenvolver tecnologia de modo a tornar os automóveis mais acessíveis.





Hidrogénio energia do futuro?

9 02 2009

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O hidrogénio apresenta-se como uma alternativa aos combustíveis fósseis, apresentando uma grande vantagem, emissões de CO2 0%. Actualmente existem dois modos de retirar energia do hidrogénio: queimando num motor de combustão interna como acontece nos actuais motores a gasolina, ou produzir electricidade através de células de combustível. A segunda variante é a mais interessante, vistos nos podermos conseguir maior rendimento e uma fonte de energia mais “nobre” que é a electricidade.

 

Mas nem tudo são vantagens! Existem várias desvantagens que limitam a progressão desta fonte de energia. Uma delas está relacionada com a forma de obter o hidrogénio. Vejamos então, existem dois processos para obtenção desta energia: A electrólise e a dissociação da agua quando expostas a elevadas temperaturas. Qualquer dos métodos utilizados ira despender maior energia de que aquela que poderemos retirar mediante as células de combustível. Este factor limita o interesse desta fonte de energia a ser utilizada como um vector de energia, isto é, este tipo de energia está limitada a ser utilizada no sector dos transportes.

 

Outra limitação deve-se a natureza do próprio elemento. Para termos alguma autonomia, precisamos um depósito de elevadas dimensões, capaz de suportar elevadas pressões e baixas temperaturas. Isto não só dificulta a fabricação dos automóveis, como também limita a fabricação de postos de abastecimento e respectiva rede de distribuição.

 

Actualmente já existem alguns modelos, como o caso do Honda FCX Clarity o primeiro modelo movido a hidrogénio fabricado em série. Outro exemplo é os autocarros H2Bus da STCP que circulam na cidade invicta emitindo apenas vapor de água.

 

 

 

 

Notícia Honda FCX Clarity :





Consumo energético doméstico

4 02 2009

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O consumo energético doméstico representa a maior fatia de gastos de enérgicos a nível global, ultrapassando os transportes e a indústria. O consumo energético na maioria dos lares é elevado, havendo muito desperdício de energia.

Existem várias formas de optimizar o consumo, umas passam apenas por pequenos gestos, outras podem implicar avultados investimentos, que apesar de tudo terão retorno no longo prazo. Seguidamente, vou citar algumas das formas que temos para diminuir a factura de energia e poupar o meio ambiente:

 • Aquando da aquisição de um novo electrodoméstico, teremos que ter em conta duas características no ponto de vista energético: a classe energética; a capacidade vs consumo (ver exemplo frigorifico).

• Utilizar lâmpadas económicas, este tipo de lâmpadas consomem cerca de 80% menos que as lâmpadas convencionais. (ver mais informação aqui)

• Não deixar aparelhos em “stand-by”. (ver mais informações aqui)

• Recorrer a climatização passiva. A climatização passiva consiste em aproveitar da melhor forma as condições naturais e de inércia térmica, de modo a obtermos uma temperatura de conforto. Existem vários modos de climatização passiva, os mais básicos e acessíveis passam por optimizar a incidência da radiação solar directa e a ventilação natural. (mais informação aqui)

• Outra solução com grande impacto é o aquecimento solar de águas sanitárias. Esta solução implica um elevado investimento inicial mas tem retorno e poupança de capital ao longo prazo. (mais informação aqui)

 A diminuição do consumo de energia e meio-ambiente, parte essencialmente por mudar os nossos hábitos e começar a racionalizar o modo como consumimos energia.





Crise no sector automóvel

1 02 2009

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Actualmente estamos a atravessar uma crise a nível global, esta crise reflectiu-se mais nuns sectores do que em outros e um dos mais afectados foi o sector automóvel. A maior parte da população e inclusive as pessoas com peso na industria automóvel não sabem o porque desta forte estagnação, apontando como principal causa o estado da economia internacional. Na realidade esta crise foi a faísca que acendeu o barril de pólvora dos sucessivos erros no desenvolvimento do sector. É verdade! O actual conceito de automóvel não se adequa as necessidades do século XXI (ver conceito do automóvel do século XXI aqui)!

 

Em mais de 100 anos de história automóvel apenas ouve um ponto de viragem, um marco na história que revolucionou o conceito do automóvel. Foi quando Henry Ford, começou a fabricar o modelo T em linha, reduzindo de tal forma os custos, que possibilitou o acesso ao automóvel a maioria da população norte americana. Este conceito de montagem idealizado nos princípios do século passado, mantém-se nos dias de hoje.

 

O conceito automóvel com o passar dos tempos pouco evoluiu, pois vejamos com atenção, um automóvel é constituído por uma carroçaria impulsionada por um motor de combustão interna que transmite energia as rodas motrizes. O mesmo conceito de Karl Benz no século XIX. É verdade que o triciclo motorizado de Karl Benz não tinha GPS nem rádio com leitor de MP3, mas isto afinal são acessórios… O modelo de Karl Benz apresentava um baixo rendimento em termos mecânico, actualmente os automóveis apresentam um rendimento mecânico muito superior ao 1º modelo Benz, contudo o principio termodinâmico do motor é o mesmo, o ciclo Otto. Este ciclo, limita o rendimento energético do motor na ordem dos 30% a 40%. Na realidade, o rendimento dos “evoluídos” automóveis que vemos nos Stands é muito inferior aos 30%. Resumindo mais da metade do combustível que queimamos nos nossos “modernos” automóveis são desperdiçados e expelidos para a atmosfera em forma de calor.

 

O século XXI vai ser de desafio para a humanidade, pois temos que lutar contra o aquecimento global, contra a escassez e dependência de energia. A sustentabilidade energética e ambiental vai ser o grande desafio para este século. Com automóveis assim teremos futuro? A resposta é não!

 

O preço do petróleo é elevado e muito instável, por outro lado o preço do automóvel também é elevado (o Modelo T em 1915 custava o equivalente a $9.300 nos dias de hoje), a carga fiscal é excessiva e os custos de manutenção altos. Claro que adicionando uma crise global a estes factores, o resultado não poderia ser outro…





Energias renováveis

1 02 2009

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Actualmente temos uma elevada dependência dos combustíveis fósseis, nomeadamente o petróleo. Neste panorama um corte na produção ou um aumento excessivo no preço do crude, terá um fortíssimo impacto na economia, o exemplo mais próximo foi o que tivemos no verão de 2008, onde os sectores de transportes, pescas e agrário foram fortemente atingidos.

 

Não são apenas os factores de impacto económico os pontos negativos do petróleo, também existem mais. O que mais preocupam os cientistas é o aquecimento global. O aquecimento global é fruto de um fenómeno conhecido como efeito de estufa, este é causado por determinado tipos de gases, nomeadamente o dióxido de carbono, que formam “uma película protectora” que não permite sair o calor mas possibilita a entrada do mesmo. Actualmente com o elevado consumo de combustíveis fósseis emitimos mais gases com efeito de estufa do que aqueles que o planeta consegue absorver.

 

Um aumento de 2ºC a 3ºC na temperatura do planeta teria efeitos devastadores, como o desaparecimento da amazónia, a inundação de povoações causada pela subida do nível médio das águas das marés ou o aumento de catástrofes naturais (tempestades, ondas de calor, etc). Para evitarmos estes problemas, teremos que diminuir a emissão de gases com efeito de estufa e procurar alternativas ao petróleo.

 

As energias renováveis surgem como uma alternativa ao petróleo. Existem vários tipos de energias renováveis, nomeadamente a hídrica, a eólica, a solar, das marés, etc. O futuro passará por desenvolver e apostar neste tipo de energias, só assim poderemos inverter esta tendência catastrófica.

 

A implementação deste tipo de energias não passará apenas por uma política global mas também por acções de cada um. Por exemplo a diminuição do consumo energético doméstico terá um forte impacto na diminuição de CO2.





Biocombustíveis

1 02 2009

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Esta fonte de energia não se apresenta como uma alternativa ao petrolóleo, mas sim um complemento já que a sua obtenção em quantidades equivalentes ao consumo do petróleo não é possível. É de salientar que os biocombustíveis podem ter impactos positivos e negativos, tudo vai depender das políticas adoptadas em relação a produção dos mesmos.

 

Os biocombustíveis são uma energia renovável cujo princípio de funcionamento é a aceleração do ciclo de carbono, em vez da não emissão de gases com efeitos de estufa. A obtenção de biocombustiveis pode ter várias origens, como por exemplo: resíduos florestais, resíduos agro-pecuários, cana do açúcar, etc.

 

Quando falamos de resíduos para a obtenção de biocombustíveis não existe aparentemente desvantagens, contudo quando falamos de plantações para a obtenção de biocombustíveis podem existir impactos negativos, como o aumento do preço dos cereiais e indexação dos mesmos ao preço do petroleo.

 

Para evitar esse cenário que aumetará a fome e a pobreza, caberá aos futuros politicos definir medidas que por um lado se consigam aumentar a produção de biocombustíveis e por outro lado que não tenha impactos no preço dos alimentos. Estas medidas resumem-se a duas: massificação da agricultura (tendo sempre em conta os impactos ecológicos e outros) e limitação da produção de biocombustíveis a resíduos e excedentes.