Para além da energia eólica

29 04 2009

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Poderia escrever um pesado e maçudo artigo sobre energia eólica recorrendo aos meus apontamentos, contudo prefiro recorrer a filosofia que tenho mantido neste blog e apresentar o assunto de uma forma perceptível e critica na vertente construtiva.

Em Portugal a energia eólica tem uma implantação considerável, basta olhamos para os nossos montes e observamos os gigantes de três pás a girar. Algumas pessoas se questionaram porque os aerogeradores estão nos montes são gigantes e porquê tem três pás?

Os aerogeradores são preferencialmente instalados nos altos devido ao factor de concentração do vento, se uma determinada massa de tem que ultrapassar um monte, este passara com uma velocidade maior na zona do alto. Assim sendo, o nosso aerogerador conseguira extrair mais energia do vento. Outro ponto a salientar, é o facto de nos altos existe menos obstáculos e rugosidade do solo é menor logo teremos mais “vento”.

A tendência dos aerogeradores é cada vez ser maiores, mas porquê? Tem várias vantagens. A mais importante é que a relação da energia que extraímos em relação ao comprimento da pá é quadrática, isto é, se aumentarmos a dimensão da pá para o dobro a energia extraída será 4 vezes maior. Outra vantagem é a altura, quanto mais alto, maior é a velocidade do vento. Por sua vez, a relação da energia com a velocidade do vento também é quadrática. Por último posso salientar que o facto de termos aerogeradores maiores, diminuímos o número de unidades a instalar num parque eólico, diminuindo o impacto visual dos parques eólicos.

Por último o porquê das três pás. A solução ideal é ter o mínimo de pás possível, pois as pás geram turbulência atrás de sí, se as pás estiverem muito próximas, são afectadas aerodinamicamente umas pelas outras. As soluções de termos uma ou duas pás, são soluções estruturalmente pouco interessantes, assim sendo, a solução ideal passa por optar por três pás.





Utilização eficiente de Termoacumuladores

25 04 2009

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Estes dispositivos são os cilindros de aquecimento de água presentes em muitas casas. É caracterizado como sendo um dispositivo de elevado consumo energético. A escolha e utilização correcta do termoacumulador podem levar a poupanças energéticas significativas.

Hoje em dia existem termoacumuladores programáveis que possibilitam uma fácil regulação do mesmo. Os modelos mais antigos obrigarão ao utilizador ligar e desligar de modo a conseguir reduções na factura energética.

A primeiro ponto que devemos ter em atenção ao comprar um equipamento é a dimensão. Se o equipamento for sobredimensionado e desadequado a dimensão do agregado familiar, vai implicar elevados consumos energéticos, pois a maior superfície de contacto com o exterior vai implicar maiores perdas.

O segundo passo é escolher o local. O termoacumulador deve ser colocado num local quente próximo da cozinha e casa(s) de banho, para minimizar o comprimento da canalização necessária e diminuição das perdas de calor. Nunca instalar numa cave não aquecida.

A utilização também é um ponto fundamental, a temperatura ideal de funcionamento é de 55ºC e deveremos ligar o termoacumulador uma hora antes do banho. Inclusive poderemos ter o cuidado de colocar o termoacumulador a funcionar em horas de vazio, caso tenhamos tarifário bi-horário.





Energia nas empresas

19 04 2009

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A maior parte das empresas em Portugal não tem preocupações com o consumo de energia. Uma correcta estratégia na utilização de recursos energéticos, por parte das empresas, significa poupanças significativas em termos de factura energética e diminuição de emissões de gases com efeitos de estufa.

Quando se fala de energia, o universo é basto e diversificado. Contudo, vou-me então focar no tipo de energia mais comum: a electricidade.

Como podemos diminuir a factura eléctrica? Ao longo do blog tenho deixado algumas dicas como optimizar o consumo a nível doméstico. A nível empresarial as medidas não diferem muito contudo é necessário seguir uma metodologia de modo a obtermos resultados. Que é a seguinte:

  1. Levantamento das necessidades energéticas – Consiste em saber exactamente quanta energia gastamos e qual é o pico de potência.
  2. Actuar nos pontos onde estamos a consumir em excesso – A nível de equipamentos industriais é difícil encontrar equipamentos energeticamente mais eficientes, as alternativas sentarão sobretudo na climatização, iluminação e equipamentos informáticos.
  3. Estudar o tarifário mais adequado – Actualmente existem várias alternativas e sabendo os consumos a nível de potência e energia e tendo por base o levantamento de consumos energéticos, estamos em condições para escolher o tarifário que se adeqúe as necessidades.

Em temos de crise, é essencial recortar nas despesas nas empresas, uma optimização energética pode ser um dos caminhos a seguir.





Origem da energia

13 04 2009

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Actualmente existem muitas fontes de energia, mas na realidade elas tem por base apenas quatro fontes de energia: A energia solar, a energia geotérmica, a interacção gravitacional e a energia química dos elementos.

Em relação a energia solar não só existe um aproveitamento directo através dos painéis solares (fotovoltaicos ou de aquecimento de aguas sanitárias) como o sol é essencial para o ciclo da água (energia hídrica) e a diferença de temperaturas origina ventos, pois a energia eólica tem por origem a energia solar.

A energia geotérmica é o aproveitamento do calor existente no núcleo da terra, a exploração directa desta fonte de energia é muito reduzida, contudo de forma indirecta não é assim tão reduzida, pois o petróleo origina-se em condições de pressão e temperatura que dependem directamente do calor fornecido pelo interior da terra.

A interacção gravitacional da terra com o sol e a lua, influencia directamente no valor da gravidade nos vários pontos de superfície do globo terrestre, originando as marés. Podemos retirar muita energia das marés (ver aqui).

Por último referi a energia química dos elementos, pois se colocarmos determinados elementos a reagir poderemos retirar energia dessa reacção. Existem vários tipos de reacções, contudo vou dar destaque aquela que poderá revolucionar: a fusão nuclear.





Tesla modelo S

11 04 2009

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Segundo o fabricante Californiano, em 2011 estará disponível este automóvel familiar desportivo totalmente eléctrico. Se o Tesla Roadster quebrou o preconceito em relação a performance e a autonomia, o modelo S mostra-se como uma alternativa as berlinas desportivas de marcas como BMW e Mercedes, por exemplo.

O Tesla S é capaz de albergar 5 adultos e 2 crianças. As perforamces são de nível elevado: 0-100Km/h em apenas 5,6 segundos e velocidade máxima de 200Km/h. Outro ponto a salientar é a autonomia deste modelo 500 Km e a possibilidade de carregar rapidamente em 45 minutos. Por último, este modelo será comercializado por cerca de 50.000 USD, tendo em conta as características do modelo, enquadra-se nos preços dos modelos equivalentes de combustão interna.

Artigos relacionados:

O automóvel eléctrico

Scooters eléctricas

EV1 tentativa de revolução





Certificação energética de edifícios

10 04 2009

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Com a nova lei em vigor passa a ser obrigatório a certificação enérgica de novos edifícios assim como de edifícios para a venda.

O que é a certificação energética de edifícios? Serve para rotular a eficiência enérgica do edifício de A+ até G (como acontece nos frigoríficos) e sabermos os consumos energéticos esperados para a climatização do mesmo.

Qual é o objectivo desta nova legislação? O objectivo é incentivar a uma construção de qualidade em termos energéticos e proibir aberrações arquitectónicas que vão implicar elevados consumos energéticos. Como referi no artigo consumos energéticos domésticos, a maior parcela de consumo de energia a nível global refere-se ao sector doméstico. Actuando na diminuição de consumo de energia nas nossas casas, não só estamos a poupar na factura energética, como também estamos a diminuir as emissões de CO2, poupando o meio ambiente.

Quem nunca viu panfletos de venda de imóveis? Pois, na realidade somos bombardeados com publicidade de venda de imóveis contudo, questiono-me porque nunca é referida a classe energética do edifício em causa? Na minha opinião e tendo em conta que a certificação energética é obrigatória, deveria também ser obrigatório colocar na publicidade o grau energético do edifício em causa, como acontece com alguns electrocomésticos.





A energia das marés

8 04 2009

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A energia das marés consiste em aproveitar a diferença da altura do nível da água entre a preia mar e baixa mar. Esta é uma das duas formas de aproveitar energia dos oceanos e mares, a outra é mais conhecida que é a energia das ondas.

Em termos construtivos teóricos, o aproveitamento da energia das marés e simples, consiste em construir uma barragem no mar com uma turbina onde poderemos extrair a energia resultante das diferenças de alturas da água.

Agora vou colocar a resposta a pergunta da maioria das pessoas, onde tem origem as marés? A origem está na interacção gravitacional da terra com a lua e com o sol.





Scooters Eléctricas

6 04 2009

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Já está disponível no mercado um veículo que certamente revolucionará a vida urbana e as curtas deslocações: a scooter eléctrica. Estas scooters são iguais aos modelos convencionais a gasolina em termos estéticos, performances e preço, contudo apresentam vantagens que certamente imporá estes ciclomotores eléctricos perante os modelos a gasolina: são ecológicas (0% de emissão de gases), silenciosas (menos poluição sonora), precisam pouca manutenção, super-económicas com 0,40€ podem percorrer 100Km e inclusive são dedutíveis no IRS. O ponto menos positivo é o tempo necessário para recarregar a bateria, quase 8 horas, contudo tem autonomia a variar entre os 50 a 100 Kms (mais que suficiente para este tipo de veículos), sendo a recarga nocturna uma boa solução e podendo ainda tirar proveito do tarifário bi-horário.

Este tipo de veículos representam um grande passo na eficiência energética e manutenção do meio ambiente no sector dos transportes, contudo fica aqui a rampa de lançamento para a extrapolação do conceito para os automóveis ligeiros, nomeadamente para automóveis eléctricos com desempenhos e preços iguais aos modelos homólogos a gasolina.

Seguidamente deixo links de produtos a venda em Portugal:

http://www.greentarget.pt/

http://www.e-bicla.com/





GPL

4 04 2009

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Quem nunca viu um automóvel a circular com o dístico GPL? Estas siglas significam Gases do Petróleo Liquefeitos, como o nome indica é um combustível fóssil e não uma fonte de energia renovável.

Mas afinal quais são as vantagens do GPL? Basicamente duas, um combustível mais ecológico e mais económico quando comparado com a Gasolina ou o Gasóleo. Este combustível tem menos quantidade de carbono e por consequente menor emissão de CO2 resultantes da queima do mesmo. O preço é outro aliciante, pois custa cerca de 0,60€/L.

Porquê não progride este combustível? Sobretudo por preconceitos sociais, pelo facto do dístico discriminatório e pela impossibilidade de estacionar em parques subterrâneos. Existe o preconceito que as viaturas transformadas a GPL podem explodir e que cheiram a gás. Na realidade, são mitos, pois os depósitos de GPL são mais seguros e a possibilidade de existirem fugas é muito reduzida. Em relação ao dístico, apenas se aplica aqui em Portugal, pois os restantes países da Europa não existe dito dístico. Em termos da proibição do estacionamento em parques subterrâneos também carece de sentido, pois como anteriormente referi a possibilidade de fugas é reduzido e a quantidade de gás libertada também.

O comportamento do automóvel fica diferente quando transformado a GPL? Sim, de facto existe uma ligeira perda de potência, pois os motores foram desenvolvidos para queimarem gasolina e não GPL, contudo a perda de potência é mínima e nos automóveis sobrealimentados é quase nula. Actualmente os sistemas de GPL funcionam a injecção controlados electronicamente, pondo de parte desafinações ou rateres, que aconteciam em sistemas GPL antigos.