Poderia escrever um pesado e maçudo artigo sobre energia eólica recorrendo aos meus apontamentos, contudo prefiro recorrer a filosofia que tenho mantido neste blog e apresentar o assunto de uma forma perceptível e critica na vertente construtiva.
Em Portugal a energia eólica tem uma implantação considerável, basta olhamos para os nossos montes e observamos os gigantes de três pás a girar. Algumas pessoas se questionaram porque os aerogeradores estão nos montes são gigantes e porquê tem três pás?
Os aerogeradores são preferencialmente instalados nos altos devido ao factor de concentração do vento, se uma determinada massa de tem que ultrapassar um monte, este passara com uma velocidade maior na zona do alto. Assim sendo, o nosso aerogerador conseguira extrair mais energia do vento. Outro ponto a salientar, é o facto de nos altos existe menos obstáculos e rugosidade do solo é menor logo teremos mais “vento”.
A tendência dos aerogeradores é cada vez ser maiores, mas porquê? Tem várias vantagens. A mais importante é que a relação da energia que extraímos em relação ao comprimento da pá é quadrática, isto é, se aumentarmos a dimensão da pá para o dobro a energia extraída será 4 vezes maior. Outra vantagem é a altura, quanto mais alto, maior é a velocidade do vento. Por sua vez, a relação da energia com a velocidade do vento também é quadrática. Por último posso salientar que o facto de termos aerogeradores maiores, diminuímos o número de unidades a instalar num parque eólico, diminuindo o impacto visual dos parques eólicos.
Por último o porquê das três pás. A solução ideal é ter o mínimo de pás possível, pois as pás geram turbulência atrás de sí, se as pás estiverem muito próximas, são afectadas aerodinamicamente umas pelas outras. As soluções de termos uma ou duas pás, são soluções estruturalmente pouco interessantes, assim sendo, a solução ideal passa por optar por três pás.